Não é segredo que a pandemia do novo coronavírus tem afetado a vida profissional de milhares de brasileiros. De acordo com pesquisa da Mindsight, empresa especializada em ciência de dados para RH, 85% dos brasileiros sentem que a pandemia afetou os seus planos de carreira.
A pesquisa, feita com um recorte de 5.796 pessoas (52% se identificam com o gênero feminino e 46%, com o masculino) entre participantes de processos seletivos da Mindsight em fevereiro deste ano, descobriu também que 73% dos participantes sentem que suas carreiras estão estagnadas ou avançando lentamente. Essa realidade é maior para as mulheres (77% das respostas), do que para os homens (69%). Para 25% dos participantes, o avanço segue em um ritmo normal e apenas 2% acreditam que estão avançando profissionalmente de maneira acelerada.
Entre os respondentes, 57% estão desempregados e em busca de recolocação, enquanto 10% são profissionais autônomos em busca de um trabalho fixo e 33% estão empregados, porém procurando outras oportunidades. A taxa de desemprego é maior entre as mulheres do que entre os homens: 60% e 52%, respectivamente.
A pesquisa aponta que, para 45% dos entrevistados, a pandemia tem afetado a autoestima no âmbito profissional. Essa realidade é maior entre as participantes mulheres, com 51% afirmando que sentiram este impacto, em comparação aos homens (40%).
"O mercado de trabalho brasileiro sofreu bastante no ano passado, deixando diversas pessoas desempregadas em busca de uma recolocação, assim como frustradas com o ritmo no qual suas carreiras estão avançando. No entanto, ao completarmos um ano de pandemia, a maioria das empresas já entendeu que muitas mudanças vieram para ficar e se adaptaram. Com isso, surgem mais oportunidades de trabalho flexível e vagas remotas", conta Thaylan Toth, CEO da Mindsight.